Tecnologia utilizada para movimentos das personagens não era nada jurássica.

Lançada nos EUA em 1991, “Família Dinossauros” foi exibida no Brasil em diversas emissoras: Globo, SBT, Band. A série era quase uma sitcom familiar comum – com a diferença de que os personagens eram estegossauros, tricerátopos e tiranossauros. Mas a tecnologia que permitia essa fantasia, criada pela mesma empresa dos Muppets, não era nada jurássica.
Os atores vestiam uma “máscara-capacete” feita de espuma de látex, com crânio de fibra de vidro. Ela continha cerca de 26 servomotores bem pequenos, responsáveis por mover olhos, boca, sobrancelhas, testa e outros recursos. Combinados, eles permitiam vários tipos de expressões faciais.

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O “cabeção” ainda tinha espaço para um microfone, que captava a voz real do ator, e um fone de ouvido, para que ele recebesse ordens do diretor. A fantasia completa era tão complexa que cada uma levou até 16 semanas para ser produzida!
Ao ator, cabia apenas dizer as falas e andar pelo cenário. As expressões faciais eram controladas a distância, com uma luva especial plugada a um computador. Cada movimento que o marionetista fazia com a luva era interpretado por um programa e enviado, via rádio, à máscara.
A cada quatro semanas de gravação, era preciso tirar uma de folga para fazer a manutenção do sistema. De acordo com Peter Brooke, da Jim Henson`s Creature Shop, empresa responsável por todo o aparato, a tecnologia era inovadora para a época, e ela foi aprimorada ao longo dos quatro anos da série.
Ficou com saudade dos Silva Sauro? “Família Dinossauros” foi produzida pela ABC, um canal de TV que pertence à Disney. Nos EUA, a série está no Disney+, mas ela ainda não chegou ao catálogo brasileiro.
Fonte: Revista Superinteressante