A previsão é que o medicamento esteja disponível ainda em 2021.

Uma pílula contra o coronavírus, criada pela empresa Pfizer, está em fase de testes nas fábricas da farmacêutica na Bélgica e nos Estados Unidos. A expectativa é que o medicamento esteja pronto até o final deste ano. De acordo com Pfizer, a pílula pretende ser eficaz contra as diferentes cepas do vírus.
O medicamento, conhecido como PF-07321332, será indicado para as pessoas que se encontram nos primeiros estágios do contágio e servirá para evitar patologias mais graves: “A pílula é uma terapia oral potencial que poderá ser prescrita ao primeiro sinal de infecção, evitando internações e e necessidade de UTI’s”, assegura Mikael Dolsten, diretor científico e presidente de investigação da Pfizer.
Serão três fases de teste antes de ocorrer a comercialização. Neste momento, o novo medicamento está na fase 1, a que prova a eficácia e os efeitos colaterais. A droga está sendo testada em pacientes saudáveis, entre 18 e 60 anos.
Segundo Mikael, nesta etapa, também se verifica a tolerância ao medicamento com diferentes doses e combinado com o retroviral usado para combater o HIV. Os cientistas ainda irão avaliar se há efeitos secundários significativos. O prazo previsto para o término deste estágio, iniciado no mês passado, é 25 de maio.
A segunda etapa vai testar quais são as doses necessárias para combater o vírus. Já a terceira, avaliará se pode ser administrado em gotas ou em pílulas e como interage com os alimentos. O objetivo da droga é evitar que o vírus se reproduza nas células humanas atacando a enzima do SARS-Covid-2. É um método similar aos retrovirais que se usam para combater o vírus HIV e a hepatite C.
Alternativa à vacina contra a Covid-19
A iniciativa pretende ser uma alternativa à vacina, especialmente para os países menos desenvolvidos onde o ritmo de vacinação é mais lento pela falta de doses. A Pfizer defende que, com as constantes mutações do vírus e o impacto global que está tendo, é necessário pensar em outras opções terapêuticas para combater o coronavírus, agora e depois da pandemia.
Como qualquer medicamento, a pílula ainda precisa passar por várias etapas para testar sua eficácia e segurança antes de ser comercializada. Mesmo que bem tolerada por humanos, só os ensaios clínicos vão atestar se ela funciona em pessoas infectadas com Covid-19.
Somente na Europa, a Covid-19 já infectou 44 milhões de pessoas desde o início da pandemia. O continente também registrou 1.142.000 mortes causadas pelo vírus, de acordo com estatísticas oficiais.
Fonte: Agora Europa