Por Wéverton Correia
O Deputado Federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), anteriormente filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), em nota pública divulgada em suas redes sociais, anunciou sua saída da legenda pela qual militou e atuou desde o ano de 2005.

O motivo? Parece-nos, claramente, pelas palavras do parlamentar, que em virtude das eleições gerais que se avizinham e que prometem ser um divisor de águas na política e na democracia nacional (ainda mais no Estado do Rio de Janeiro).
Na carta, o deputado reflete o cenário político nacional e estadual e deixa transparecer a dificuldade para sua permanência no quadro psolista, tendo em vista que o partido não abre mão de manter seu posicionamento ideológico bastante claro e avesso às tendências do republicanismo e das conciliações de classe.
Como Professor de História que é (e não levando muito em consideração se a sua decisão é boa ou ruim, no quesito ideologia), decidiu olhar para o passado e entendeu que na Política Nacional, para a esquerda chegar ao Planalto, precisou fazer concessões e alianças (o exemplo do Partido dos Trabalhadores) que dificilmente um partido como o PSOL estaria disposto a fazer.
PSOL PSB
A decisão de Freixo é bem pensada e bastante pragmática. O político tem se aproximado bastante do ex-Presidente Lula (PT), bom professor (Pergunta metódica do Cortella: Será?!) que já revelou – inclusive em reunião com a presença do agora, deputado pessebista – estar disposto a reunir uma gama de aliados para 2022, para além da esquerda ou centro-esquerda, com a finalidade de derrubar o bolsonarismo.
Diferente de seu ex-companheiro de partido, o paulista Guilherme Boulos – que muitas vezes brincamos, comparando-o ao Lula Sindicalista das eleições de 89 –, Marcelo parece ter compreendido que o Lula do final dos anos 80 já não cabe nos dias atuais e que é preciso adotar a imagem do Lula de hoje, o “conciliador”, para chegar ao Palácio da Guanabara no ano que vem.

Bem, meus amigos e amigas, se a escolha de Freixo de filiar-se ao PSB (um partido mais moderado, que tem sua importância histórica e hoje posiciona-se na centro-esquerda) foi acertada, nós só veremos no futuro, mas uma coisa é muito certa: a escola do Lulismo começa a matricular bons estudantes para o próximo ano letivo.
