Integrantes das gerências do Desporto Físico e do Para-Desporto da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) reuniram-se na manhã dessa terça-feira (21), na Vila Olímpica Parahyba, para realizar o planejamento do calendário de ações a serem desempenhadas em 2022. A reunião foi conduzida pelo professor José Hugo Coelho e contou com a participação do secretário executivo de esporte e lazer, José Marco.
José Hugo e o Secretário José Marco. Foto: Ascom-Sejel.
Na pauta, foram elencados os principais eventos que a SEJEL irá realizar durante o próximo ano, como a retomada dos Jogos Indígenas, dos Ciganos, das Reeducandas e Socioeducativos, além da Copa Raimundo Braga Sub-15, dos Jogos dos Servidores Estaduais, Jogos Paralímpicos da Paraíba, bem como os Jogos Escolares e Paraescolares da Paraíba.
A pasta ainda planeja realizar mais uma edição do Prêmio Melhores do Esporte, e ainda novos projetos. Já o Bolsa Esporte, que contempla quase 300 atletas, técnicos e para-atletas continuará com sua execução.
Equipe do Desporto e Para-desporto da SEJEL. Foto: Ascom-Sejel.
As Paralimpíadas Escolares foram finalizadas, nesta sexta-feira (26), na cidade de São Paulo. O evento reuniu cerca de 1,5 mil participantes oriundos de todos os estados do Brasil mais o Distrito Federal. Desse total, a Paraíba contou com 80 membros em sua delegação, sendo destes, 51 atletas, todos com apoio do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer. Com o encerramento do evento iniciado na última segunda-feira (22), o time paraibano na disputa escolar obteve 60 medalhas, sendo 33 de ouro, 15 de prata e 12 de bronze. O resultado superou a meta estabelecida pela coordenação da delegação que havia previsto 50 conquistas.
As Paralimpíadas Escolares retornaram, após o cancelamento da competição, em 2020, por conta da Pandemia da Covid-19. Apesar do evento ser uma retomada, o que se viu nos locais de competições divididos no complexo esportivo do Centro Paralímpico Brasileiro, onde as disputas foram realizadas, foi um demonstração importante da força do paradesporto nacional, onde a Paraíba é destaque.
Por conta da impossibilidade de realização das etapas regionais e a estadual dos Jogos Paraescolares da Paraíba, a delegação do estado acabou chegando em São Paulo com um número reduzido às edições anteriores do evento. Ainda assim, o estado que já revelou diversos medalhistas paralímpicos e mundiais como Cícero Valdiran, Petrúcio Ferreira e Silvana Fernandes, demonstrou, mais uma vez, sua força no paradesporto.
Para Jean Azevêdo, chefe da delegação paraibana e coordenador de paradesporto da Sejel, diante de todas as dificuldades encontradas nesse ciclo de mais de uma ano em meio à Pandemia da Covid-19, o saldo da competição para a Paraíba foi excelente e o estado colherá bons frutos dessa participação nas Paralimpíadas Escolares.
“As Paralimpíadas Escolares são o principal revelador de talentos para o paradeporto no Brasil. Para nós da Paraíba, mais um vez, saímos daqui sabendo que fizemos uma grande competição e que todo o esforço para poder trazer essa garotada para São Paulo valeu a pena. Tivemos resultados excelentes e grandes talentos sendo mostrados para o país. Nossa equipe bateu cinco recordes escolares no atletismo e tivemos um atleta convocado para a Seleção Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas. Contudo, acima de tudo isso, o mais importante é a oportunidade de vida que essas crianças, jovens e adolescentes estão tendo aqui. Tenho certeza que esses jogos mudaram a vida delas e qe dessa delegação saíram grandes campeões paralímpicos para a Paraíba”, afirmou Jean Azevêdo.
Para o diretor técnico da delegação paraibana, Gilmar Araújo, “a ajuda do Governo do Estado foi fundamental porque foi o responsável pelo envio da delegação, arcando com todas as passagens, gerando um grande investimento.
O secretário executivo de esporte e lazer, José Marco, comemorou bastante a conquista das 60 medalhas e destacou o esforço dos paraibanos. “É motivo de muita alegria e comemoração essa participação paraibana nas Paralimpíadas Escolares la em São Paulo. Se a própria direção acreditava atingir 50 medalhas e na prática conseguiu 60, então, provou o grande potencial e por isso, o Governo do Estado, acredita sempre na força do paradesporto paraibano”, frisou José Marco.
Desempenho por modalidade
Atletismo:
Entre modalidades individuais, o Atletismo foi responsável por 37 medalhas, além de mais cinco recordes escolares. Nesse esporte, três paratletas nascidos em Areia foram destaque. Juntos, eles obtiveram 9 medalhas de ouro, três para cada. Ruth Vitória Nascimento competiu no Sub-14, José Mariano de Sales Silva no Sub-16 e José Leonel Cândido de Lima também no Sub-14.
Ainda no Atletismo, Francisco Cordeiro de Lima, natural de João Pessoa, assim como Luiz Antônio da Silva Bezerra, do município de Várzea, no sertão do estado, conquistaram três medalhas de ouro para a Paraíba. Além desses atletas, mais 8 membros do time da modalidade obtiveram medalhas para a delegação paraibana. São eles:
Alane Ellen Medeiros de Oliveira (Baía da Traição – 1 bronze); Arthur Sepryano Rocha Rodrigues (João Pessoa – 2 ouros e uma prata); Emilly Rodrigues de Fontes (João Pessoa – 1 ouro e 2 pratas); Hilary Esmeralda Alonso da Silva Melo (Itabaiana – 2 pratas e 1 bronze); Jonatas Luiz dos Santos Silva (Santa Rita – 1 ouro); José Marcos Martins (Cabedelo – 2 pratas e 1 bronze); Maria Heloise Dias Barbosa (João Pessoa – 1 ouro e 1 prata) e Maycon Araújo Ferreira da Silva (São João do Cariri – 2 ouros e 1 prata);
Natação:
A natação foi a segunda modalidade que mais trouxe medalhas para a Paraíba. Ao todo foram 10 conquistas para o estado nas piscinas do Centro Paralímpico Brasileiro. O principal destaque, nesse esporte, veio de Campina Grande, com Lara Fernandes de Farias. Disputando três provas, ela levou para casa três medalhas de ouro.
A equipe da natação ainda obteve mais dois ouros, um com Daniel Costa Carvalho Martins e outro com Guilherme Soares dos Santos, ambos de João Pessoa. Também natural da capital, outro destaque ficou para Marcone João de Sousa Júnior que conquistou uma prata e dois bronze. Fechando as conquistas nas piscinas, Carlos Eduardo Santos Cruz, natural de São Bento, subiu ao pódio duas vezes para receber medalhas de bronze.
Bocha:
Uma das modalidades mais tradicionais do paradesporto é a bocha, nela, a Paraíba também segue como referência. Por equipes, foi nessa modalidade que o estado teve o seu melhor desempenho nessa edição das Paralimpíadas Escolares: o terceiro lugar geral.
O resultado veio graças às cinco medalhas conquistadas pelo estado. Laíssa Polyanna Guerreira da Silva, de Campina Grande, conquistou a medalha de ouro e foi um dos destaques do evento. Ícaro Araújo Barbosa (Lagoa Seca), Natanaeli Alves Celestino (Alagoa Grande) e Alehandro da Silva Monteiro (Areia) ficaram com a prata em suas classes. Por fim, com um bronze decisivo para o pódio geral da Paraíba, veio Heloísa Ramos de Lima, de João Pessoa.
Basquete 3×3 em cadeira de rodas:
O basquete foi a única modalidade coletiva onde a equipe paraibana obteve medalhas nessa edição das Paralimpíadas Escolares. Por conta da não realização das seletivas no estado, a convocação das seleções paraibanas para as competições de esportes coletivos foi um dos eixos mais prejudicados. Ainda assim, no basquete a equipe surpreendeu a própria coordenação da delegação, pois a equipe foi formada com apenas um atleta veterano e, mesmo assim, conseguiu vencer adversários com conjuntos fortes e mais experientes para ficar com o bronze. O time paraibano foi formado por: David Athos Santos Morato (Monteiro), João Vítor Santos da Nóbrega (Cuité), José Gabriel Honorio da Silva (Monteiro); Jovanio de Lucena Souza Filho (Cabedelo) e Vinícius Vicente de Albuquerque (João Pessoa). Jovanio, graças ao seu desempenho individual, foi convocado para um camping da Seleção Brasileira que deve ocorrer em janeiro do próximo ano, no Centro Paralímpico Brasileiro, novamente em São Paulo.
Judô:
O Judô paraibano também é uma tradição nas Paralimpíadas Escolares. Por isso, a modalidade era esperança de medalhas e elas vieram. Foram três nesse esporte, um ouro com Maria Eduarda Alves de Sousa, natural de João Pessoa, além de dois bronzes com Salete Helen Nóbrega Bezerra de Campina Grande.
Badminton:
No Badminton, a Paraíba fez bonito mais uma vez. Nas disputas acirradas desse esporte com a peteca, o estado conquistou duas medalhas de prata. As conquistas foram de Saymon Max Gomes da Silva (João Pessoa) e Vitória Régia Leite de Sousa (Mamanguape).
Tênis de Mesa:
Mais um esporte tradicional nas disputa paralímpicas, o Tênis de Mesa foi responsável por mais duas medalhas para a Paraíba, ambas na classe CT10 onde Isllane Lavínia Alves dos Santos ficou com o bronze e a equipe do estado levou a medalha de ouro.
Futebol de 5 e Parataekwondo
No Futebol de 5, um esporte a Paraíba é uma das principais forças do país, o jovem time do estado, nessa edição das Paralimpíadas Escolares acabou sendo eliminado ainda na primeira fase. Já no Parataekwondo, o atleta que havia sido inscrito acabou desistindo e não integrou a delegação que viajou até São Paulo.
O professor de educação física e coordenador do programa Paraíba Paralímpica, da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer do Governo do Estado (SEJEL) é o novo Treinador da Seleção Brasileira Feminina de Goalball e fica no lugar do ex-treinador Dailton Nascimento.
Jônatas Castro. Foto: CBDV.
O paraibano, que estava auxiliar técnico da seleção desde o ano de 2014, foi convidado para assumir o comando da equipe do Brasil, logo após as Paralimpíadas de Tóquio, na qual a equipe ficou na quarta colocação.
Castro tem uma dupla missão neste momento: preparar as paratletas brasileiras para o Campeonato das Américas (a equipe feminina é a atual vice-campeã do torneio), no estado de São Paulo, em fevereiro do próximo ano, bem como para as Paralimpíadas de Paris em 2024.
“O primeiro desafio é manter a competitividade da Seleção. Os Jogos de Tóquio mostraram que todas as seleções evoluíram em todos os aspectos, por isso, precisamos avançar para manter essa competitividade. Mas o grande desafio vai além disso. Herdar uma Seleção com as qualidades do Brasil é muito bom, mas também muito desafiador para poder avançar ao próximo patamar que merecemos e que faltou tão pouco, que é conquistar uma medalha paralímpica”, enfatizou.
O professor Jônatas já está montando sua equipe de auxiliares e convidou o técnico do Cetefe, do Distrito Federal, Gabriel Goulart Siqueira, para a função que exercia, de auxiliar técnico. Marcio Rafael da Silva, que treina o time do IRM, de Londrina vem também para somar na nova comissão técnica. Ele irá substituir Roger Scherer na preparação física da equipe feminina do Brasil. Já para as vagas da psicóloga Thereza Xavier e a nutricionista Monique Moreira (ambas deixaram a Seleção após as Paralimpíadas), ainda não há definição dos nomes.
SOBRE O NOVO TREINADOR DA SELEÇÃO
Jônatas Castro e as atletas paralímpicas do Brasil. Foto: CBDV.
Criado em Paulista, cidade com cerca de 12 mil habitantes, localizada no sertão paraibano a 310 km da capital João Pessoa, Jônatas iniciou sua trajetória no paradesporto ainda quando cursava educação física, em 2004, como voluntário no Instituto dos Cegos de Campina Grande. Lá, conheceu o futebol de 5, atletismo e goalball. Prontamente, assumiu como treinador de goalball da instituição. Ainda em 2004, participou de um curso de arbitragem da modalidade. Apitou em competições nacionais e internacionais até 2008, época em que já atuava como voluntário da Apace-PB ao lado de Dailton Nascimento, com quem repetiria a dupla posteriormente na Seleção a partir de 2014. Atualmente é Coordenador do Programa Paraíba Paralímpica do Governo do Estado da Paraíba e apresenta também o programa de Rádio “Fala Juventude”, na Rádio Tabajara FM.
SOBRE O GOALBALL
Seleção Brasileira de Goalball. Foto: CBDV.
Ao contrário de outras modalidades paralímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com 3 minutos de intervalo. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra, há um gol com 9m de largura e 1,30m de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. O objetivo é balançar a rede adversária.
A bola tem um guizo em seu interior para que os jogadores saibam sua direção. O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo e nas paradas oficiais. A bola tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg.
O jogo é dividido em dois tempos de 12 minutos cada, com três minutos de intervalo. Todos os jogadores exercem, ao mesmo tempo, as funções de ataque e defesa. Há um guizo no interior da bola para emitir sons. Nesta modalidade, os atletas deficientes visuais das classes B1, B2 e B3 competem juntos. Todas as classificações são realizadas por meio da mensuração do melhor olho e da possibilidade máxima de correção do problema. Todos os atletas, independente do nível de perda visual, utilizam uma venda durante as competições para que todos possam competir em condições de igualdade.
Redação Gabinete Paraíba com informações de Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).
A atleta paralímpica da Paraíba Silvana Fernandes conquistou, nesta terça-feira (15), o primeiro lugar no Open de Para-Taekwondo, no Líbano. Ela, que é patrocinada pelo Governo do Estado por meio do programa Bolsa-Esporte, há duas semanas, já tinha ganhado a medalha de ouro no Para-Pan Americano da modalidade, no México, e se prepara para os Jogos Paralímpicos, de Tóquio, que ocorrerão a partir de 24 de agosto.
Silvana Fernandes. Foto: Reprodução.
O presidente da Federação Pariabana de Taekwondo Olímpico, Tomaz Azevedo, destacou o feito.
“Em duas semanas, Silvana conseguiu conquistar o primeiro lugar em duas competições importantíssimas em nível mundial, que foi no México e agora, no Líbano. Sua meta agora é chegar bem em Tóquio para que possa trazer uma medalha nos Jogos Paralímpicos”, disse o Mestre Tomaz, que também é professor da modalidade.
O secretário executivo de Esporte e Lazer, José Marco, parabenizou Silvana, e frisou a importância do Bolsa-Esporte.
“De parabéns essa jovem, que é Silvana, porque continua dia após dia trazendo alegria para a Paraíba com resultados importantíssimos, como este agora, no continente asiático. É por isso que o Governo do Estado tem o compromisso com os atletas, paratletas e técnicos paraibanos com o Bolsa-Esporte, que é esse apoio financeiro e no intuito de incentivá-los e custear os treinos e também várias outras despesas que eles na carreira de desportistas e para-desportistas, possuem”, frisou.