Poema escrito por Wéverton Correia, em virtude do segundo São João em meio à Pandemia do Coronavírus (Covid-19).

Foto: Arquivo Pessoal.
Sob o Luar de “Sem João”
Sob o luar, triste,
numa noite de Sem João,
toca um forró, na memória,
cantando a minha solidão.
Sob o luar, caminho.
Não vejo bombas pelo chão…
Um forte aperto em meu peito,
quase explode o coração.
Sob o luar, fico,
a chorar sem o meu sertão.
Pego um milho, saboreio,
escorre a lágrima da emoção.
Sob o luar, inspiro…
Lembro de outros que não.
Desmoronado, eu expiro,
com toda essa desolação.
Sob o luar, espero!
Me bate uma grande aspiração:
que todas as pessoas do mundo,
tenham uma noite de São João!
É fato que jamais morreu em nós aquele nosso São João
São João no qual mergulhamos através da fonte da imaginação
àquela que em nós mantemos em vida dentro do coração onde podemos resgatar
os cenários, a musicalidade e até o cheiro tão típico das noites de fogueiras acesas
e dos fogos que rasgam o Céu mirando o infinito e a escuridão…
Na verdade nunca há como está só quem viveu os melhores São João, pois existe um
acervo, uma biblioteca escondida lá naquele cantinho bem secreto onde costumamos resgatar os eventos e personagens mais queridos e eles nos incentivam a encontrar a beleza até no mais vazio da nossa realidade
atual… Daí então a gente entende que pode se valer do que tem nas mão e no coração, começa a reconhecer
uma capacidade criativa, um broto de esperança e um sorriso no recanto dos lábios…
Somos o que ainda resta de uma geração que ainda pode criar e gerir os melhores São João destas novas gerações. Feliz São João meu querido amigo,
Meu amigo Wéverton!
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